Raysa Liandra e Lília Tenório desenvolveram um “papel semente reciclado” que gera mudas de diversas plantas
E se o papel reciclado se transformasse em árvore? Com essa ideia em mente, duas estudantes de Caruaru (PE) desenvolveram um projeto para produzir papel reciclado com sementes, para a confecção de cartões, convites, envelopes e caixas, entre outros itens. Uma vez molhado, o papel pode ser plantado para virar hortaliças, flores e até árvores. O projeto, desenvolvido em 2017 durante o curso profissionalizante de Assistente Administrativo Completo do CEBRAC, deu tão certo que hoje Raysa Liandra, 24, e Lília Tenório, 38, têm uma empresa para colocar a ideia em prática, a Paper Plant.
Raysa e Lília batem num liquidificador restos de papéis que recebem por parcerias com escolas e escritórios da região, até virarem uma massa úmida de celulose, uma espécie de polpa. Essa massa é moldada novamente na forma de folhas de papel, momento em que são acrescentadas pequenas sementes (de hortaliças, de flores e de árvores). Na fôrma, elas colocam uma camada de papel reciclado, outra de sementes e, por cima, outra folha de papel. O material é prensado. Depois, é só deixar secar.
Para plantar, basta colocar o papel sobre a terra e molhá-lo, o que facilita a germinação. Mas também pode-se enterrar o papel picado e molhá-lo, mas, neste caso, a camada de terra deve ser bem superficial. A durabilidade do papel pode variar entre seis meses e um ano.
As duas alunas formadas no CEBRAC e hoje sócias criaram a empresa Paper Plant, ainda fictícia, em novembro de 2017, no curso profissionalizante de 18 meses, e fizeram ainda um curso complementar de empreendedorismo, de dois meses, também no CEBRAC. Em abril de 2019, elas apresentaram o projeto na Feira Nacional de Empreendedorismo (FNE), ocorrida em Londrina (PR). Ganharam o primeiro lugar na categoria Indústria e um prêmio de R$ 2.000. A feira é um evento anual do CEBRAC com projetos de seus alunos de todo o país.
Em maio de 2019, um mês após a feira, Raysa e Lília formalizaram a criação da Paper Plant. Elas usaram o dinheiro do prêmio e investiram mais R$ 1.000 na empresa, num total de R$ 3.000. No fim de agosto de 2019, o projeto participou do Prêmio Latinoamérica Verde, no Equador. O evento é uma promoção da Associação de Ações para a Economia Verde, que busca promover projetos relacionados à sustentabilidade. Neste ano, foram inscritos 2.728 trabalhos de 38 países, e o Brasil participou com 10 projetos. O trabalho de Caruaru ficou entre os 500 melhores.
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