A vida financeira é uma preocupação da maioria das pessoas, e conquistar a estabilidade está entre os principais objetivos, mas chegar até ela não é uma tarefa fácil.
Um dos segredos é a organização e, para isso, é essencial saber os valores exatos que fazem parte da sua vida. Identificar quanto ganha e quanto gasta parece fácil, mas é sempre importante lembrar que gastos imprevistos podem aparecer e também considerar possíveis ganhos extras.
Muitas pessoas afirmam que a forma que você lida com a sua renda determina como será o seu futuro e, pensando nisso, o primeiro passo é adquirir o hábito do planejamento. Para as compras do mês, os presentes de datas comemorativas, realizar aquela viagem dos sonhos, comprar o tão esperado carro novo ou, naturalmente, garantir um futuro mais seguro e com menos preocupações.
Trouxemos algumas dicas para te ajudar nessa jornada. Acompanhe!
1. Conheça suas finanças
Pode parecer clichê dizer que você não domina o que não conhece, mas é exatamente isso que acontece também com a sua vida financeira. Faça uma planilha, uma lista no celular ou utilize o velho caderninho de contas e anote tudo que entra e sai da sua conta, e do bolso!
Entradas: salário fixo, comissões, bônus ou serviços extras.
A saída de valores é a parte mais delicada, e onde normalmente muita gente se perde. Atenção!
Saídas: as contas de casa (aluguel, água, energia, internet, mercado), o lanche do final de semana, o cafezinho na padaria próxima ao trabalho, o chocolate no posto de gasolina e muitos outros itens pequenos que dificilmente são considerados ao se pensar nos gastos do mês.
Por isso é preciso anotar todos os gastos e, ainda mais importante, conferir e controlar durante o mês, para não ter uma surpresa ao final e descobrir que o dinheiro não vai ser suficiente.
Isso é o que significa “dominar a sua vida financeira”. Dessa forma você sabe exatamente quanto entra e quanto sai e, assim, pode se planejar para um dia a dia mais tranquilo.
2. Tenha objetivos definidos
Segundo a especialista em finanças e fundadora da Me Poupe, Nathalia Arcuri, você precisa dividir os seus objetivos em 4 níveis: metinha, meta, metona e metazona. AQUI ela explica o que são esses níveis, como traçar os seus objetivos de forma mais prática e, um ponto que realmente faz a diferença, fazer com que seja uma meta alcançável.
Em princípio, os objetivos financeiros são um ótimo meio para estabelecer e conhecer prioridades, assim você poderá avaliar gastos impulsivos com mais cautela, economizando dinheiro ao evitar compras desnecessárias, e direcionar as suas ações para o que realmente quer ou precisa.
3. Invista em educação financeira
Nunca é tarde para aprender, principalmente quando é sobre um assunto que vai fazer parte de toda a sua vida: dinheiro.
Educação financeira deveria ser uma disciplina para todos os jovens estudantes, afinal, é nesse início da vida adulta que se faz necessário aprender a lidar com dinheiro. Mas se isso não aconteceu, você pode começar a aprender agora mesmo.
Existem cursos voltados a todos os níveis de conhecimento, então mesmo que você tenha apenas uma noção do que é educação financeira, pode encontrar conteúdos que vão te permitir aprender alguns conceitos que podem mudar a sua vida.
Você pode ainda optar por cursos profissionalizantes, como o Assistente Administrativo e Financeiro, do CEBRAC, que proporciona uma qualificação importante ao seu currículo e também te ensina a lidar com finanças de modo geral.
De início, não se preocupe em entender sobre investimentos, compra de ações ou variações da bolsa de valores, foque no básico e, aos poucos, identifique o que mais se assemelha aos seus objetivos para então se aprofundar no assunto.
4. Quite todas as suas dívidas
De acordo com o SERASA, o Brasil bateu o recorde de pessoas com dívidas em 2023, somando 70 milhões de brasileiros com contas atrasadas. Se você está entre esses 70 milhões, chegou a hora de sair da estatística.
Comece reunindo todas as suas dívidas para ter uma visão geral dos débitos e procurar as empresas credoras para renegociar os valores. Muitas vezes é possível receber grandes descontos em pagamentos imediatos ou até mesmo para parcelamentos em longo e curto prazo.
Nesse caso, a intenção é que a empresa tenha conhecimento de que você está disposto a regularizar os débitos. É uma vantagem para ambos os lados e, assim, podem encontrar a melhor saída juntos.
5. Faça reservas de emergência
Como também ensina Nathalia Arcuri, a Reserva de Emergência não é o valor do salário, é o seu custo de vida. Para quem é CLT ou concursado, a reserva deverá ser de 6x o valor do seu custo de vida. Já se você é autônomo ou empreendedor, a reserva passa a ser de 12x.
E como saber qual é o valor exato? Some todas as suas contas obrigatórias, tudo o que é necessidade mensal, como aluguel, mercado, transporte, alimentação, contas de casa, plano de saúde e etc. Por exemplo, se você é CLT e tem o custo de R$ 1,2 mil por mês, a sua reserva de emergência deverá ser de 6 vezes esse valor, ou seja, R$ 7,2 mil.
Como o próprio nome já diz, esses valores vão garantir que você não passe necessidades em caso de emergências, como uma demissão inesperada ou problemas de saúde, por exemplo. Assim você garante 6 meses de contas pagas, independentemente do que aconteça.
Viver no limite nunca é uma opção válida para o financeiro, porém, sabemos que atingir a quantia da reserva de emergência não é fácil. Por isso, comece com as dicas anteriores e aos poucos você terá mais tranquilidade em momentos de crise para assumir as suas responsabilidades sem ficar endividado.
E então, agora vai ficar mais fácil se organizar financeiramente? Assine a nossa newsletter e receba sempre conteúdos relevantes para a sua vida pessoal e profissional.