Um em cada quatro jovens tem o próprio negócio
Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) realizada pelo Sebrae, em 2019, quase 90% dos empreendedores iniciais brasileiros concordam (total ou parcialmente) que a escassez de emprego constitui uma das razões para desenvolver a iniciativa empreendedora com a qual estão envolvidos. Os jovens foram os mais afetados e tiveram que se reinventar. Entre janeiro e agosto de 2020 foram abertas 2.195.945 empresas no Brasil. Desse total, 35% são jovens entre 19 e 30 anos, de acordo com dados do Serasa Experian.
Muitos desses jovens têm o exemplo de empreendedorismo dentro de casa. “Sempre vi meus pais sendo donos do seu próprio negócio; vi eles trabalhando quase 24 horas por dia. Entendi, desde cedo, as responsabilidades de quem tem seu próprio negócio”, explica João Lima, Supervisor comercial do Cebrac em Petrópolis/RJ. Os pais, que já passaram por altos e baixos, sempre tiveram uma conversa aberta sobre as finanças com ele. Então, João cresceu com a motivação para ajudá-los.
Aos 28 anos, Douglas Travassos é gestor da sua própria unidade em Samambaia, no Distrito Federal. “O Cebrac foi minha escola de vida. Ver meu pai desde cedo sendo gestor, pensando sempre à frente para evitar crises, com espírito de liderança, foi com certeza minha inspiração. E, hoje, planejo diversificar minha cartela de investimentos no futuro graças à toda bagagem que tive aqui”. Para ele, muitas pessoas não colocam credibilidade no trabalho de pessoas mais jovens por serem inexperientes. Porém, são essas pessoas que têm mais vontade de aprender.
Júlia Favorita, de 18 anos, não seguiu o caminho dos pais na gestão da unidade, porém, atrelou a oportunidade do seu Instagram -com mais de 40 mil seguidores- para promover a empresa dos pais. “Por eu ter uma relevância produzindo conteúdo, eu e meus pais fechamos uma parceria. O que começou como uma brincadeira, se tornou trabalho”, explica. A jovem, que ainda está no ensino médio, conta que os pais sempre a incentivaram a ter o próprio negócio e que hoje eles são fundamentais para o crescimento dela como empreendedora.
Para Rogério Silva (CEO do Cebrac), o qual iniciou os trabalhos como professor de inglês da rede e hoje ocupa o cargo máximo, o incentivo é essencial. “Assim como meu pai me auxiliou a ter minha própria franquia quando eu era jovem, hoje, eu vejo pais incentivando seus filhos a serem donos dos próprios negócios. E, por isso, mesmo na grade dos nossos cursos incentivamos o empreendedorismo”, explica.